Esta é a receita dos «Pastéis de Nata» que eu fazia quando tinha 13 ou 14 anos. Quando os fazia passava uma tarde inteira a fazer doces, porque enquanto esperava que a massa descansasse começava outro doce "qualquer"! Agora, e se comprar a massa folhada (já feita), pode-se fazer estes pastéis mu(uuii)ito mais rapidamente.
Gostávamos tanto deles que, quando os «Pastéis de Nata» ficavam prontos, os dividíamos "religiosamente", e cada um guardava os seus o melhor que pudesse, porque se alguém os apanhava... comia-os todos!
Ingredientes:
Para o folhado:
Gostávamos tanto deles que, quando os «Pastéis de Nata» ficavam prontos, os dividíamos "religiosamente", e cada um guardava os seus o melhor que pudesse, porque se alguém os apanhava... comia-os todos!
Ingredientes:
Para o folhado:
250 g de farinha de trigo (+ farinha para polvilhar)
0,125 l (aproximadamente) de água
150 g de margarina para folhados
50 g de margarina de culinária
Para o creme:
60 g de farinha de trigo
0,5 l de leite
1 casquinha de limão
1 pauzinho de canela
500 g de açúcar
0,25 l de água
6 gemas de ovo
1 pitada de sal
1º) Preparar o creme, assim:
- Num tachinho, desfazer as 60 g de farinha com um pouco de leite, de modo a não criar grumos.
 - Ferver o leite restante com a canela e a casca de limão.
 - Deitar o leite fervido (com a canela e a casca de limão), em fio e mexendo sempre, sobre a farinha dissolvida, e levar a ferver em lume moderado, mexendo sempre no fundo do tacho com a colher de pau, para não deixar o preparado colar ao fundo do tacho. Assim que levantar fervura, retirar do lume.
 - Noutro tachinho, misturar as 500 g de açúcar com os 0,25 l de água, fazer ferver 3 minutos exactos e retirar do lume. Misturar este preparado ao preparado anterior, deixando-o cair em fio e mexendo bem.
 - (Ver adiante, em "como acabar de preparar os «Pastéis de Nata»", como acabar de preparar o creme.)
 
2º) Fazer a «massa folhada», assim:
- Deitar as 250 g de farinha na mesa e abrir-lhe uma concavidade ao centro. Deitar nessa concavidade uma pitada de sal e os 0,125 l de água. Começar a envolver a farinha, no centro, com a água. Ir envolvendo e amassando toda a farinha com a água. Bater bem para a massa, até ficar elástica. Fazer uma bola com a massa, polvilhá-la com farinha e deixá-la repousar 30 minutos.
 - Entretanto, misturar as margarinas, e amassá-las bem em pasta bem ligada e amolecida, capaz de ser trabalhada com espátula.
 - Estender a massa sobre a mesa, com o rolo, polvilhado com o mínimo de farinha possível para não "pegar" mas também para não ficar com muita farinha agarrada. A massa deve formar um rectângulo com cerca de 3 mm de espessura e ficar muito lisa.
 - Com a espátula, e muito ao de leve, espalhar 1/3 da "pasta" de margarinas sobre a massa, mas com muito cuidado para não arranhar a massa. Evitar de espalhar muito a margarina até aos rebordos. Dobrar a massa estendida para dentro, em 3 partes que se sobrepõem (como um tríptico de 3 partes iguais que se fecha), e deixar descansar durante 5 minutos.
 - Voltar a estender a massa, segundo as indicações da fase anterior (voltar a espalhar o segundo 1/3 da "pasta" de margarinas e voltar igualmente a dobrar em 3). Deixar a massa descansar mais 5 minutos.
 - Voltar a estender a massa e a barrá-la com o último 1/3 da "pasta" de margarinas. Depois de bem espalhada a margarina, começar a enrolar a massa em forma de charuto, esticando-a o mais possível. Acabar de enrolar a massa e, com as mãos, fazê-la rolar sobre a mesa para ficar certinha e com cerca de 2,5 cm de diâmetro.
 - Cortar o "rolinho" de massa às rodelas com cerca de 1,5 cm de espessura e ir colocando cada uma destas rodelas dentro de uma forminha de Pastéis de Nata.
 - Com os dedos polegares molhados em água fria, começar a fazer pressão pelo centro da rodela de massa, andando sempre à volta, para que a massa se estenda por igual, até aos bordos, mas de modo a que o bordo de cima fique um pouco mais grosso, pois é aí que a massa vai folhar. Portanto, no fundo e nos lados fica uma camada fina, sem estar furada, mas em cima fica mais grossa.
 
 Nota: Esta fase, que se chama «puxar o folhado», dizem ser a mais difícil, mas com um pouco de atenção não se tem grandes dificuldades.
3º) Acabar de preparar os «Pastéis de Nata», assim:
- Depois de as formas estarem todas com o folhado puxado, colocá-las num tabuleiro.
 - Como o preparado do creme já deve estar quase frio, mistura-se-lhe as 6 gemas, mexendo bem. Passar este creme por um passador de rede.
 - Encher um funil com o creme e, segurando o funil com uma das mãos e a abertura com a outra, encher as formas quase até aos bordos. O enchimento com funil é feito para que não caia creme no bordo superior da massa folhada.
 - Pegar no tabuleiro com cuidado, para não entornar o creme, e levá-lo a cozer em forno muito quente (superior a 200ºC, pelo menos). Se o forno não estiver muito quente os pastéis não cozem rapidamente e o creme começa a fervilhar. O tempo de cozedura é de cerca de 15 minutos. Retirar então o tabuleiro do forno. Os pastéis são retirados das formas com a ponta de uma faquinha, caso não saiam à mão.
 
- Nota: Caso o forno não atinja uma temperatura suficiente, os «Pastéis de Nata» não ficam com o aspecto devido, mas ficam igualmente deliciosos.
 
Servir e... apreciar!!!
Sugestão: Se se quiser pode-se polvilhar os «Pastéis de Nata» com canela moída, antes ou mesmo no momento de os servir!
Receita das páginas 4 a 6 da «TELEculinária e doçaria» nº 65,  de 15.Fevereiro.1978, do Chefe António Silva, no 2º Volume (do número 53 ao 104).

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